Visita cultural a Lamego e S. João de Tarouca - 6.10.2024
A A.C.E.R. pretende voltar a realizar em 6 de Outubro a visita cultural a Lamego e S. João de Tarouca, orientada pelo Dr. Manuel Almeida Carneiro que nos enviou a seguinte sinopse:
1. Lamego é uma cidade duriense situada na região fértil, entre os rios Douro e o Varosa. O topónimo remonta à época romana, dado que existe uma referência a "Villa Lamecus", cujo onomástico "Lameco" significa um grande latifúndio. No século XVI foi uma cidade próspera e o seu comércio florescente, em boa parte graças à fertilidade das suas terras que produziam cereais e árvores frutíferas. Os têxteis, as sedas e os linhos, instituíram a «feitoria das lonas e bordates» (sic), como relata Rui Fernandes na sua obra editada no século XVI: Descrição do terreno em redor de Lamego Duas léguas, cujo manuscrito se encontra na Biblioteca Pública da Cidade do Porto. Todavia, foi a cultura da vinha que veio a tornar-se a principal marca da região duriense. Lamego prosperou intensamente com o comércio do Vinho do Porto. A Sé Catedral e o antigo Paço Episcopal albergam obras artísticas de grande relevo. Entre os artistas mais representativos do settecento, está o pintor e arquiteto Nicolau Nasoni e que ornamentou as naves da Sé de Lamego. O poderoso efeito perspético das cúpulas fingidas, com a técnica quadratura, reflete o programa barroco internacional no Norte de Portugal.
2. Capela de São Pedro de Balsemão
Esta Capela de origem visigótica ou moçárabe, segundo alguns autores, está acoplada ao Solar dos Coutinhos e faz parte das "Rotas Medievais do Vale do Douro". Trata-se de um templo com três naves, sustentada por três arcos de cada lado assentes em colunas cilíndricas. Este espaço religioso conserva a escultura da Senhora do Ó em pedra de Ançã e o túmulo do Bispo do Porto, D. Afonso Pires.
3. Mosteiro de São João de Tarouca
O Mosteiro de S. João de Tarouca surge associado ao fundador da nacionalidade, o Rei D. Afonso Henriques e, claro está, a S. Bernardo de Claraval. Foi a primeira construção cisterciense no nosso país, iniciada em 1154. Este complexo monástico concentra todas as artes: arquitetura, a azulejaria, a talha e a pintura. Nesta visita, destacaremos, entre outros elementos artísticos, o retrato de S. Pedro, da Oficina de Viseu, atribuído a Gaspar Vaz (óleo sobre madeira de castanho), e o túmulo do Conde D. Pedro Afonso, o 3º Conde de Barcelos, filho bastardo de D. Dinis. Senhor da Honra de Lalim, localidade situada entre Lamego e Tarouca, foi um exímio poeta e trovador e o autor do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro e a Crónica Geral de Espanha de 1344. Este túmulo figura entre as melhores obras da escultura funerária portuguesa do século XIV.
Manuel Almeida Carneiro
Poderá inscrever-se enviando e-mail para eventos@acer-pt.org
Lamego: Património Artístico Religioso e Civil
1. Lamego é uma cidade duriense situada na região fértil, entre os rios Douro e o Varosa. O topónimo remonta à época romana, dado que existe uma referência a "Villa Lamecus", cujo onomástico "Lameco" significa um grande latifúndio. No século XVI foi uma cidade próspera e o seu comércio florescente, em boa parte graças à fertilidade das suas terras que produziam cereais e árvores frutíferas. Os têxteis, as sedas e os linhos, instituíram a «feitoria das lonas e bordates» (sic), como relata Rui Fernandes na sua obra editada no século XVI: Descrição do terreno em redor de Lamego Duas léguas, cujo manuscrito se encontra na Biblioteca Pública da Cidade do Porto. Todavia, foi a cultura da vinha que veio a tornar-se a principal marca da região duriense. Lamego prosperou intensamente com o comércio do Vinho do Porto. A Sé Catedral e o antigo Paço Episcopal albergam obras artísticas de grande relevo. Entre os artistas mais representativos do settecento, está o pintor e arquiteto Nicolau Nasoni e que ornamentou as naves da Sé de Lamego. O poderoso efeito perspético das cúpulas fingidas, com a técnica quadratura, reflete o programa barroco internacional no Norte de Portugal.
2. Capela de São Pedro de Balsemão
Esta Capela de origem visigótica ou moçárabe, segundo alguns autores, está acoplada ao Solar dos Coutinhos e faz parte das "Rotas Medievais do Vale do Douro". Trata-se de um templo com três naves, sustentada por três arcos de cada lado assentes em colunas cilíndricas. Este espaço religioso conserva a escultura da Senhora do Ó em pedra de Ançã e o túmulo do Bispo do Porto, D. Afonso Pires.
3. Mosteiro de São João de Tarouca
O Mosteiro de S. João de Tarouca surge associado ao fundador da nacionalidade, o Rei D. Afonso Henriques e, claro está, a S. Bernardo de Claraval. Foi a primeira construção cisterciense no nosso país, iniciada em 1154. Este complexo monástico concentra todas as artes: arquitetura, a azulejaria, a talha e a pintura. Nesta visita, destacaremos, entre outros elementos artísticos, o retrato de S. Pedro, da Oficina de Viseu, atribuído a Gaspar Vaz (óleo sobre madeira de castanho), e o túmulo do Conde D. Pedro Afonso, o 3º Conde de Barcelos, filho bastardo de D. Dinis. Senhor da Honra de Lalim, localidade situada entre Lamego e Tarouca, foi um exímio poeta e trovador e o autor do Livro de Linhagens do Conde D. Pedro e a Crónica Geral de Espanha de 1344. Este túmulo figura entre as melhores obras da escultura funerária portuguesa do século XIV.
Manuel Almeida Carneiro
Poderá inscrever-se enviando e-mail para eventos@acer-pt.org